quarta-feira, outubro 04, 2006

Ciclos

Parece que é normal o estado de nostalgia que se instala nas pessoas quando estão em fases terminais de determinados ciclos. Parece que é normal pormo-nos a pensar na vida, no que se passou ao longo dos últimos anos, o que rimos, o que chorámos, o que aprendemos...

Dou por mim, nesta altura, a pensar muitas vezes em tudo isso. A expressão mais básica aplica-se perfeitamente nesta situação: o tempo passa tão depressa! Estes últimos 5 anos da minha vida foram tão intensos, tão importantes e talvez, por isso mesmo, por terem sido maioritariamente felizes, passaram tão depressa. Olho para trás e não me vejo uma miudinha de 18 anos acabada de entrar na faculdade. Parece que não consigo ver a distinção, essa diferença. Será isso um bom sinal de que cresci saudavelmente? Penso que sim. No entanto, olhos para as fotos e não me revejo. Quer dizer. Vejo-me lá. Parece que foi há tanto tempo. Mas não foi assim há tanto. É estranho. Mas fico com uma boa sensação de que cresci muito neste últimos anos e que foi um processo contínuo, de integração e muito suave e natural. Será isso um bom prognóstico para o iníco da próxima fase que se advinha? Espero que sim. Mas, sei bem que daqui a 5 anos... talvez mais, talvez menos... novos ciclos virão e mais períodos de reflexão como este serão necessários.

Muita gente diz que não devíamos pensar tanto. Até pode ser verdade que às vezes pensa-se demais e vive-se de menos. Mas estes períodos de reflexão são mesmo importantes. Todos nós precisamos de nos conhecer bem e estarmos bem connosco. Ajuda-nos a encarar a vida e os seus acontecimentos, as relações que estabelecemos e a forma como nos revemos doutra maneira, noutra perspectiva.