Perdidos ou Achados

Chorei, emocionei-me, reflecti, sorri... O melhor filme dos últimos tempos, se não mesmo de sempre. Adorei cada momento, cada lágrima, cada pensamentos que suscitou em mim...

Para mim foi o fechar de um ciclo que me atormentou nos últimos dois anos. O fim (espero eu) de uma caminhada ao encontro de uma razão que me acalmasse o espírito, da descoberta do porquê, do apaziguar das minhas dúvidas, inquietações e desassossego. Este filme veio na melhor altura possível, pois foi o concluir de uma construção de pensamentos, de uma forma de ver a vida sem sofrer tanto por antecipação. É difícil lidar com certas partidas que a vida nos prega, quanto mais passar a vida a pensar na possibilidade dessas partidas acontecerem. Mas, chego à conclusão, que a melhor forma de viver é ir vivendo intensamente o dia-a-dia, tentar não acabar o dia com discussões inacabadas, chateados com aqueles que amamos. A vida é como é, um dia acaba, e mais vale pensar que a vivemos bem e felizes ao lados dos nossos mais queridos. É mais fácil pensar que certos acontecimentos acontecem porque têm de acontecer, porque tinha de ser assim... Não é uma explicação que satisfaça, mas ao menos deixa-nos viver menos revoltados com Deus, com os médicos, connosco mesmos, com a nossa família, com o mundo... Se ao menos formos felizes... é possível deixar o nosso coração, a nossa memória e a nossa imaginação viver a recoradação com um sorriso nos lábios... sonhar com os momentos felizes... relembrar sem mágoa...

Acho que não consigo dizer muito mais, só recomendar a todos que ainda não viram, que vejam! Ah, e já agora, que vejam no sorriso das crianças a esperança numa vida nova que começou... e que vejam nos seus olhos a inocência de quem pode sonhar, imaginar, sorrir e amar sem pedir nada em troca... Deixem-se levar por esta capacidade, incentivem-na e acompahnem-nos. Acreditem!