Pais...
Cada vez mais concordo com a minha amiga Madalena que diz: "As pessoas só querem ter filhos porque eles são as únicas pessoas sobre quem alguém pode alguma vez ter total poder!"
Não gosto nada de acreditar que isto possa ser verdade, mas infelizmente parece-me muitas vezes que isto acontece. A quantos de vocês não aconteceu já serem proibidos de fazer alguma coisa só porque os vossos pais não querem. Sem nenhuma justificação plausível, às vezes sem nenhuma justificação e ponto. E depois, quando já somos crescidinhos o suficiente e conseguimos ver e demonstarar-lhes que o que eles dizem não tem qulaquer fundamento... viram-se para outro lado e dizem que estamos a ser mal-educados, ou que isso não interessa porque quem manda são eles... "enquanto morares debaixo do meu tecto...!!!".
Enfim, custa-me um bocado ver este tipo de atitude, principalmente porque não a compreendo. Acho que seria incapaz de ser assim tão inflexível com os meus filhos, que um dia terei. Ainda por cima, quando esses mesmos pais têm filhos que os adoram e que fazem tudo por eles. Porque é que eles não conseguem pôr o preconceito de lado e compreenderem os filhos e as suas necessidades? Porque não conseguem ver que mesmo não concordando com certas coisas, têm que deixar os filhos fazer as suas escolhas, viver a sua vida, bater com a cabeça na parede... nem que seja simplesmente porque eles são óptimos filhos e que não merecem ser "castigados" só por tem ideias diferentes da dos pais?
Já me disseram muitas vezes que a culpa dos pais serem assim é dos filhos... eles é que deixam que os pais façam o que querem deles... quanto melhor filho se é, pior são as consequências... enfim... infelizmente acho que tenho de concordar. Mas, infelizmente também, parece que não consigo mudar...ser diferente... tenho esperança que as coisas mudem sem ter que se armar uma guerra... A guerra é feita. Chateamo-nos, eu digo o que tenho a dizer... mas tudo volta ao mesmo. Eu volto a ajudá-los no que eles precisam. Não consigo estar muito tempo sem lhes falar, mesmo que por dentro continue aborrecida. Talvez se esta "guerra" já tivesse sido feita à mais tempo... Mas, agora, depois de muitas coisas que vivi e que tenho visto, depois de conhecer a fragilidade da vida, parece que não consigo estar muito tempo chateada com as pessoas... não só com os meus pais...mas com toda a gente. Não gosto de me chatear, mas prinicpalmente de continuar zangada com as pessoas... Nunca se sabe as voltas que a vida dá e ainda por cima ela é tão curta...
Era tudo mais fácil se toda agente pensasse assim...
1 Comments:
Também fui o filho exemplar, sempre tive as melhores notas, sempre fui o melhor da turma, sempre fiz o que os meus pais me mandavam e sempre que mandavam mais eu fazia mais. Sempre exigiram mais também, tendo no entanto consciência de que existiam muito piores filhos que eu e que no entanto os pais desses filhos eram muito mais condescendentes do que os meus eram para mim. Mais ou menos com a mesma idade que tu, e passando pelos mesmo problemas que tu no que toca a liberdade e autoridade resolvi tomar uma aitude. Time uma conversa com os meus pais em que lhes disse tudo o que pensava, seguidamente esperei por melhoras e elas não aconteceram. Tomei então a segunda atitude que já estava preparada quando pensei na primeira. Durante cerca de um mês não falei com os meus pais mais do que boa noite, pois logo a seguir me enfiava no quarto sem nunca sair de lá até ao dia seguinte. Evetualmente acabaram por se aperceber do que se passava e associaram etão as duas coisas: a conversa e a greve de relacionamento. Perceberam que tenho ideias próprias, sentimentos próprios e mais importante ainda, responsabilidade e vida própria. Andrea, tens de tomar uma atitude, por mais que te custe. Porque enquanto não mudares, as coisas não vão mudar. As pessoas só se apercebem das mudanças, quando estão conformadas com alguma coisa, se a mudança for enorme, drástica. Por mais que te custe Andrea. E olha que se pensares que se trata da tua liberdade e da TUA VIDA não é assim tão difícil.
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