Será que é este ano?
Será que é este ano que eu tenho novamente o prazer de ver o meu BENFICA ganhar o campeonato nacional? Infelizmente, depois deste anitos de seca, não consigo ficar muito eufórica com a ideia. Nunca se sabe... pode haver um deslize... e lá se vai tudo outra vez e lá vem novamente a desilusão. Então prefiro, como o Trapatonni, ir vendo jogo a jogo, sorrir com os nossos golos, ficar feliz com a estrelinha da sorte que nos tem acompanhado e ao final de cada batalha aumentar a esperança de que é este ano que o país pára novamente para festejar o novo campeão de Portugal.
Lembro-me tão bem da última vez. Foi uma festa. Todos entrámos pelo relvado adentro a festejar: SLB, SLB, SLB, SLB, SLB... GLORIOSO SLB, GLORIOSO SLB! Foi no Estádio da Luz antigo, mas mesmo antigo. No primeiro anel nem havia cadeiras ainda. Eram os bancos de cimento. Ia com o meu pai e o meu maninho que ainda era pequenino. Nunca mais me esqueço desse dia. Como nunca me esqueço de vários dias em que o meu pai me levava ao estádio. Ás vezes, quando vinhamos da escola, e antes de ir para casa, passavamos nós de carro a dar a voltinha ao estádio, simplesmente só para passar. Depois, outras vezes, parava e íamos lanchar, ou então ia-me comprar uma pastelaria fresca. Engraçado como nunca nos esquecemos de certos pormenores. As noites em que nos ia buscar à natação, os Domingos em que íamos andar de patins, os jogos que íamos ver. Como é que é possível não ser do Benfica? O Benfica desde sempre que fez parte da minha vida e ainda por cima de uma forma tão marcante e positiva... E tão bem que jogavam.... eram os maiores, uns verdadeiros heróis... mas tenho fé, embora hoje em dia tudo seja diferente e tanto o Benfica como o estádio já não são como eram, tenho fé que um dia voltaremos a ser O BENFICA!
O bom e típico português...
O bom e típico português para ser feliz basta-lhe...
- Gostar de Futebol
- Gostar de comer bem e
- Gostar de um bom tintol...
E VIVA A PORTUGAL!
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
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Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência.
E a única inocência é não pensar.
Alberto Caeiro
Saudades
Ontem estive a folhear as páginas dos livros que me ocuparam os tempos no 12º ano. O meu irmão está a dar Os Maias e, como muito boa gente, há de fazer os teste e passar o ano sem se quer ter lido o livro. Compreendo, que cada um tem o seu gosto, mas acho que Os Maias é mesmo um GRANDE livro e não só em tamanho. lol. Se olharmos para ele sem o limitarmos a um romance entre irmãos com descrições infinitas, conseguimos ver muito mais, e o que mais me atrai é sem dúvida a escrita irónica de Eça de Queiróz.
Mas, pronto. Isto tudo para dizer que ao folhear os livros, os dossiers, as notas... senti saudades daquilo. Embora adore o que estou a fazer agora, sinto falta de ler os romances, os poemas, interpretá-los, inseri-los numa época, tentar compreender o autor e as suas motivações. No fundo também é Psicologia. Para além disso, sinto falta de aprender o Francês. Foram 6 anos e sinto que não ficou assim tanta coisa como isso. Parece que quando mudamos para outro tipo de vida, os conhecimentos que ficaram vão sendo esquecidos pouco a pouco. Enfim, claro que cabe a nós não permitir que isso aconteça. Mas, depois com as obrigações que já se tem da vida frenética que se escolheu, os outros prazeres acabam por ficar para trás. Pode ser que esta mini viagem a um passado ainda recente me faça ganhar forças e vontade de voltar à leitura e ao francês.
