Perdidos ou Achados

Agradecem-se às testemunhas destes belos momentos da linguística que contribuam para a veracidade destes factos, visto a minha memória estar a sofrer alguma interferência de factores externos como o efeito do álcool e respectiva ressaca. : P

Gosto deste dia. Não sei como é nas vossas freguesias, nem sei se consigo explicar bem como é na minha... Mas sei que o sinto como diferente quando caminho calmamente até à escola onde eu e muitos outros vamos cumprir com o nosso dever de cidadão. A melhor comparação que consigo fazer é uma semelhança ao de leve mas magnificada de um Domingo na aldeia. As pessoas saem à rua, caminham calmamente pela "aldeia"... vê-se os avós, os filhos, os netos, todos a passear pelas ruas, e ao contrário dos outros dias, sem pressa nenhuma! Hoje havia castanhas. Hoje e noutros dias vendem-se bolos e pão na rua. Muita gente no café, à porta do café, a trocarem ideias políticas. Não parece um dia na cidade e é isso que torna este dia tão diferente e particular. Sabe-me bem absorver esta energia e olhar à minha volta no caminho que percorro até à urna e, depois, de volta a casa.

Não quero ser aquela que constantemente se arrependem de ter perdido... mas aquela que alguém não quer perder nunca...nem por nada!

Penso que esta mania de criar as meninas contando as mais belas histórias de amores, em que há príncipes lindos e bondosos que acordam belas adormecidas... monstros que se transormam em príncipes ou até mesmo sapos que também se transormam... não é muito saudável. Cresce-se a pensar que a vida real é como nas histórias, ou melhor, procurando tornar a vida real numa dessas histórias. Para além disso, quando se tem mais alguns anitos e não se ouvem mais histórias ao adormecer...vêem-se novelas, séries, filmes e lêem-se livros... sempre com finais felizes... sempre com histórias arrebatadoras... that take your breath away...

Será que crescemos numa ilusão? Será que temos que encarar a dura realidade e contentarmo-nos com os nossos príncipes imperfeitos? Ou será que existe mesmo algures no tempo e no espaço... o nosso príncipe montado num cavalo branco loucamente e incessantemente procurando-nos ... só ainda não cruzou os nossos caminhos?

A minha afilhadinha académica do coração mandou-me este mail... e achei que merecia um lugar de destaque e reflexão.

Um bom ano para todos!